sábado, 11 de setembro de 2010

FÁBIO JR- AI QUE SAUDADE D'OCÊ


Não se admire se um dia,
um beija flor invadir
A porta da tua casa,
te der um beijo e partir
Foi eu que mandei o beijo
que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo,
ai que saudade d'ocê


Se um dia ocê se lembrar,
escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio,
com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo,
quero matar meu desejo
Lhe mando um monte de beijo
ai que saudade sem fim


E se quiser recordar
aquele nosso namoro,
quando eu ia viajar
Você caía no choro,
eu chorando pela estrada,
mas o que eu posso fazer
trabalha é minha sina
eu gosto mesmo é d'ocê

LIMITE


A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

Mário Quintana

ABRA UM DIÁLOGO COM VOCÊ


Conta-se que uma mulher, em seu leito de morte, fez seu marido jurar que não se comprometeria com nenhuma outra pessoa. E o ameaçou a voltar, como espírito, e de não o deixar viver tranqüilo, se ele não cumprisse a promessa.

O marido, a princípio, cumpriu a palavra mas, depois de alguns meses, conheceu outra mulher e se apaixonou por ela.

Quase imediatamente, começou a aparecer-lhe, todas as noites, um espírito que o acusava de haver quebrado o juramento. O fantasma noturno não só estava informado de tudo o que se passava com a relação amorosa que ele mantinha, como também conhecia todos os seus pensamentos, esperanças e sentimentos. Como a situação se fazia insuportável, o homem decidiu pedir conselho a um mestre Zen.

"Sua esposa se converteu em espírito e sabe tudo o que você faz, diz e pensa. É um espírito muito sábio e merece ser admirado por você", disse-lhe o mestre. E continuou: "Quando ele lhe aparecer de novo, faça um trato. Diga-lhe que, já que ele sabe tanto de você, não é possível esconder nada. E, por isso, você vai romper seu compromisso amoroso, se ele puder responder a uma simples pergunta".

"Que pergunta tenho de fazer-lhe", indagou o homem. "Encha a mão de feijão e pergunte-lhe quantos grãos há nela. Se o espírito não responder, você ficará sabendo que ele não é nada mais que o produto de sua imaginação, e ele não o molestará mais."

A noite chegou e o espírito apareceu. O homem agiu exatamente como o mestre mandara. Estendeu a mão e perguntou: "Quantos grãos há aqui?" E não havia mais espírito algum para responder. A imaginação do homem não poderia responder a uma pergunta para a qual nem o próprio homem conhecia a resposta...

Da mesma forma que podemos usar os diálogos internos para amargurar a nossa vida, temos a possibilidade de usá-los para elevar a nossa auto-estima, quando buscamos, dentro de nós, a nossa verdade e as metas que nos propomos atingir, dentro de nossas limitações e de nossa realidade.

Agir com base em pressuposto é nos atirar a alguma empreitada arriscada. É importante checar o que é real e o que é apenas fruto de nossa imaginação. E apenas o diálogo claro, direto e objetivo nos leva a esclarecer os pontos obscuros. Quando duas pessoas estão dialogando, a predisposição de ambas é encontrar soluções, trocar informações, estar interessadas uma no assunto da outra, mesmo que o tema seja doloroso. Em geral, dialogar dói menos do que se imagina...