terça-feira, 14 de junho de 2011

NOS BRAÇOS DA SAUDADE


Levantei com uma impressão de que meu dia seria péssimo, uma angústia invadia meu peito, sentia falta de ar.
Uma dor me incomodava, não sabia o que fazer, já estava prevendo que tudo que faria seria mal acabado.
Resolvi, então, passar o tempo em frente ao computador para ver se aquela angústia evadia-se, foi pior!
As lágrimas teimavam em rolar pelo rosto e então percebi que se tratava de saudade.
Revirei todas mensagens de auto-estima, ouvi músicas, e a solidão tomou conta de todo o meu ser.
Voltei ao meu passado e, lembranças daquele amor que marcou minha vida vieram à tona.
Saudade daqueles beijos apaixonados, daquelas juras de amor eterno.
Quantas saudades afloraram em meu viver!
E hoje, nem eu me acho!
Agora, decorrido todos esses anos de espera, de lembranças, de saudades, não vislumbro mais sua imagem, e, restam-me a angústia e a solidão.
Quisera poder voltar no tempo e reparar o que não foi reparado!
Quisera poder voltar no tempo e dizer novamente o quanto eu te amo!
Quisera poder voltar no tempo e dizer o quanto você faz falta!
Como seria maravilhoso poder ouvir sua voz novamente, sentir seu cheiro e deitar em seus carinhos.
O tempo passou, tudo se modificou, e a vida segue seu curso normal, carregando no seu seio a minha saudade.
Hoje procuro sufocar minha dor sabendo que desejo para quem mais amo na vida a felicidade plena.
Pois, devemos oferecer para quem realmente amamos o melhor.
E por mais que toda a angústia me devora, todas as lágrimas caiam de meus olhos, eu sempre a amarei.
Então, continuo vivendo com a dor da saudade, mas carregando no coração as lembranças de seu sorriso, de seu cheiro e de sua voz.
Passe o tempo que passar, saiba que sempre, ainda, vou te amar.
E, hoje, me aconchego, me deito e me deleito nos excruciantes braços da saudade.
Soélis Sanches

A VIDA TEM A COR QUE A GENTE PINTA