terça-feira, 5 de outubro de 2010

O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA



Em uma cidade interiorana havia um homem que nunca se irritava com nada e com ninguém. Sempre encontrava uma saída cordial para situações que pudessem perturbar sua conduta sempre paciente.

Certa vez, seus companheiros resolveram testá-lo num jantar. Trataram de todos os detalhes com a garçonete que os atenderia.

No restaurante, assim que se iniciou o jantar, foi servida uma saborosa sopa. A garçonete aproximou-se, e ele prontamente levou seu prato para perto dela. Mas a moça serviu os demais, logo indo à mesa ao lado, ignorando o homem.

Ele esperou calmamente que a garçonete voltasse. Quando ela se aproximou novamente, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que mais uma vez se distanciou abruptamente.

Voltando à mesa para servir mais uma vez, a garçonete passou rente do homem, como quem havia concluído a tarefa, sem servi-lo, retornando em seguida à cozinha.

Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Os amigos observavam discretamente as reações do colega.

Educadamente, o homem chama a garçonete, que se volta, fingindo impaciência.

- O que o senhor deseja?
- A senhorita não me serviu a sopa.
- Servi, sim senhor!

Ele olhou para ela e, em seguida, para o prato vazio... Todos pensaram que ele iria brigar. Mas o homem surpreende a todos:

- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!

Frustrados por não conseguirem fazê-lo se irritar com a moça, os amigos terminam o jantar, convencidos da inflexível compostura do colega, enquanto este tomava tranqüilamente sua sopa.

E assim aprendemos que a objetividade e a tranqüilidade está acima das discussões desgastantes e quase sempre improdutivas, do tipo “de que lado está a razão”.

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